quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sobre dois amigos e uma certa Felicidade

Abri a porta e lá estava ela.
Ela quem?
A Felicidade, ora essa!
Parada a sua porta? Sei.
É verdade, ela estava lá!
E o que achou dela?
Bela, muito bela. E sorria para mim.
Só faltava estar chorando! E convidou-a para entrar?
Não foi preciso, entrou sozinha.Ficamos sentados um olhando para o outro. É engraçado, esperei por tanto tempo essa visita e quando, finalmente, ela chegou, eu não  soube o que fazer.
Você é patético.
Talvez eu seja. Eu podia ter pedido pra ela ficar, morar comigo, sabe? Sei que daria certo, mas ela me intimida...
Ela iria embora de qualquer jeito, sabe como ela é, nunca fica por muito tempo. Relaxa, ela volta.
Ela não saiu pela porta, saiu pela janela. Esquisito, não é?
Previsível, eu diria.
Onde será que ela está agora?
Na porta de outro alguém, pronta pra iludir mais um e ir embora de repente.
Como ela fez com você?
Sim, como ela fez comigo e com todo mundo.Ela pode ser bem cruel às vezes.
Ela só cumpre seu dever.
Você acredita mesmo na Felicidade? Digo, que pode tê-la para sempre?
Mas é claro!
Então ouça meu conselho, velho amigo: na próxima visita feche bem as janelas, para não perde-la mais uma vez!

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