Ele caminha pelas ruas, sem rumo, sai do nada em direção ao lugar nenhum. Não tem pai, mãe, nem nada que possa chamar de seu, talvez um cãozinho maltratado - pele e osso, como se diz - e um casaco surrado, que achou jogando em algum beco.
Conhece todos os cantos da cidade, conversa com todo tipo de gente, do lunático da praça da Bastilha à madame da Champs- Elysées. Já foi expulso, muitas vezes, a pontapés, daquela padaria da esquina - " eu só queria um pedaço de pão, amigo!" - mas é bem vindo na taverna onde se encontram os estudantes, aqueles, os que vão derrubar o governo!
Ele sabe das coisas, conhece a vida como um senhor de setenta anos, foi obrigado a conhece-la, jogaram-no nela e lhe disseram : se vira! E é isso o que ele faz todos os dias : sobrevive, ou como ele diz, dá seu jeito.
Mas quem é esse "ele" afinal? "Ele", na verdade sou eu. Eu sou esse garoto que você vê andando sozinho pelas ruas, esse garoto sem nome, família, sem moradia fixa e sem futuro, sou esse garoto a quem todos chamam de moleque. Eu sou o Moleque de Paris.
Conhece todos os cantos da cidade, conversa com todo tipo de gente, do lunático da praça da Bastilha à madame da Champs- Elysées. Já foi expulso, muitas vezes, a pontapés, daquela padaria da esquina - " eu só queria um pedaço de pão, amigo!" - mas é bem vindo na taverna onde se encontram os estudantes, aqueles, os que vão derrubar o governo!
Ele sabe das coisas, conhece a vida como um senhor de setenta anos, foi obrigado a conhece-la, jogaram-no nela e lhe disseram : se vira! E é isso o que ele faz todos os dias : sobrevive, ou como ele diz, dá seu jeito.
Mas quem é esse "ele" afinal? "Ele", na verdade sou eu. Eu sou esse garoto que você vê andando sozinho pelas ruas, esse garoto sem nome, família, sem moradia fixa e sem futuro, sou esse garoto a quem todos chamam de moleque. Eu sou o Moleque de Paris.
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