sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sonhos e ilusões

Sonhos que me iludem,

Sonhos que sonham em sonhar,

Sonhos que me querem bem,

Sonhos que acabam por me acabar.


Sonhos que destroem

Enquanto mascarados de cura.

Mas eu sei que a queda é dura

E que é fria a chuva.


E, apesar de vocês, delírios noturnos,

O sol ainda há de me esquentar a alma

E de me fazer conquistar a calma.

Apesar de vocês, amanhã será um dia diurno.


Voo em desespero, recuso quem me trocou.

Mas apenas em vocês, sonhos malditos!

Quanto ela, eu sei que ninguém tão fundo me tocou,

Porém, também sei que ninguém tão fundo me machucou.


Com "ditos" diferentes de "feitos",

Abrir-lhe-ei com facão os peitos

E apertarei teu coração mal feito

Para que, como eu, você morra em dor e, assim, eu renasça.


Rios de lágrimas não eram nada,

Gritos de ódio eram o que predominava.

Dei-lhe tudo e mais que podia

Para após "te amos", descobrir que me traía.


Portanto, adeus, coração de pedra,

Que lhe tenha valido a pena, o fim dessa era.

Que fique esquecido o passado

Enquanto a cicatriz nunca fechará ao teu lado.


Que teus futuros amantes tenham órgãos avantajados

E gozem-lhe à boca como aos teus antepassados.

Como o que queria ao procurar entre alheios e me perder.

Espero que tenha se satisfeito, pois, de mim, amor nenhum há novamente de ter


Vá, e não volte!

Retorne aos seus montes de enamorados!

Diga "tchau" ao pote,

Que tal sensibilidade nunca terão seus tarados.


Despede-se de presentes, abraços e beijinhos;

Veja-me ao longe e corroa em saudades.

Destrua-se em culpa e na falta de mindinhos.

Cresça à tua idade, e crie, megera, sanidade.


Que os louros desta flâmula com os olhos azuis lhe roguem pesadelos

E que os corpos em forma de Deuses Gregos

Sentem-lhe a mão à cara

Para que deixe de ser arreganhada!


E que me mantenha para sempre em tua mente,

Que não me esqueça e se torture constantemente.

Que nunca mais destrua como me destruiu,

E que, ao chorar sobre teu coração estilhaçado, me assista enquanto na tua cara, rio.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Paint it Black

O amor, ah, o amor. Coisa bizarra que fica presa no peito, não é? Porque não some? Porque meus anticorpos não o retiram e porque meu coração não se recupera como qualquer outro órgão?

A adaga da minha queda se encontra nas minhas costas já há um longo tempo, e eu ainda não a consegui tirar. A adaga que tem palavras cruéis cravadas em sua lisa, brilhante e negra superfície.

Ela avermelha-se. Cada vez mais, sugando meu sangue de homem caído, um homem que não quer, não pode desistir, mas desistiu. Dia a dia, fico mais fraco, dia a dia, meu coração se exausta e racha um pouquinho mais como as secas terras do sertão. Sabem que essas terras trazem apenas miséria e tortura. Mais uma semelhança.

Mas eu sou um homem forte, essa é uma dor que eu consigo aguentar. Embora agora meu mundo esteja em preto e branco, é assim que o quero, é assim que o preciso. Toda noite, escondo minhas lágrimas nas gotas frias d’água que caem do céu, ou no sorriso que mostro diariamente. Eu amo esse sorriso, sabiam? Tão simples e feliz, tão falso e morto.

Consigo sentir a maldita faca que me deu um empurrãozinho ao meu precipício de dor ser minimamente retirada quando tenho a presença dos que me importam, que se importam, que colorem minha vida e me fazem rir de verdade. Eu sinto falta dessas pessoas. São elas apenas... Três ou quatro, de todos que conheço. Que podridão.

Então porque não vêm? Porque não me curam e me salvam? Porque não me tiram da escuridão que tanto amo e odeio? Pois, sozinho, eu sei que não sairei: gosto do mistério, do aconchego, da frieza e da sua complexa dor, mas ela é como uma droga de um cigarro; lhe trás o bem, mas corrói-lhe por dentro. Preciso de vocês. Especificamente de você.

Eu sei que retirar a adaga transformará minha ferida em aberta, e eu sei que muito sangue escorrerá por ela, sei que me enfraquecerei, sei que me destruirei aos poucos, mas não será por ela. Não pela adaga, não pelos escritos. E, quem sabe, talvez essa minha dor toque-lhe, talvez esse meu eu toque-lhe, talvez... Talvez.

Tudo o que quero é o fim dessa dor que me faz bem, dessa tristeza que me faz rir, dessa felicidade que me faz chorar. E é, também, tudo o que não quero. Na verdade, eu queria não a querer, queria não a ter como necessidade, queria. Mas preciso, neste meu amor de louco. Tenho a necessidade de deixar para você uma cama de rosas, rosas negras como o céu da noite, esperando pelo negro profundo e único de teus olhos e de teus cabelos, por teus risos e perfeita face. As rosas negras por esperarem pelo choro que exaltarão ao vê-la, pelo fogo em que vão arder vindo de teu amor, pela lâmina melancólica cheia de lembranças que cairá e será consumida pelas chamas escuras de teu coração que cauterizarão minha ferida e me farão amar novamente, me farão sorrir e poder chorar novamente. Tudo o que eu preciso é você, em toda a impossibilidade de isso acontecer.

Com dor, com repressão e implosão de sentimentos, com lágrimas, com saudade, com necessidade, com amor, com medo,

O Hobbit.

domingo, 6 de maio de 2012

Helpless Flames

As I open my eyes and see
Red flames pouring down on me
Consuming me in a ball of heat,
Destroying my empire of cold and freeze

My fortress has been melt down,
And so has my heart
It flourishes over the red dawn
That I see in your soul.

Free me from this,
I don’t want to get on the same road I did
Leave me out from your fire reign.
Let the darkness embrace me once and for all, I plead.

Your love is my ascension
And your love is my demise.
My demise is my inside revolution,
My ascension is my weakness

And here I am, once again
Fooling myself in pretend sadness
And all I can hear is you saying:
“I love you” – I bid, let me love you too
And help you out from your helpless place