sábado, 22 de outubro de 2011

Täglich Dietrich, dia 30 de julho, mãos responsáveis – 2.

*TAC* *TAC* *TAC*, estes sons ecoam em minha mente, *PIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII*. Fora tão simples, tão banal, tão sem cerimônias, tão pesado, tão triste. Apenas um abaixar de dedo, apenas um estalo, e o *pi* periódico se tornar constante... Tão... Destruidor.

Minha mão segurando a dele, meu coração formando imagens de ele acordando e falando comigo, voltando à rotina. Depois, lembranças, dele a balançar de mãos dadas com minha Oma em sua velha cadeira de madeira, que rangia tanto. Ambos sorrindo. *TAC*

*PIIIIIIIIIIII* E lá se foi, mais uma vida, a vida de meu Opa, ascendendo aos céus, sua alma dizendo adeus e, espero eu, prometendo visitas. Diário, estou tão triste, tão caído e já não sei se consigo me levantar mais. Será que o que coloria o mundo de meu Opa era a minha Oma, apenas? Será que tudo fica obsoleto quando se encontra o amor? Tudo... embaçado? Será que com a perda não conseguimos mais viver sem? Será que o humano se acostuma a esse ponto? Será que... Será que Pierrot é o meu?

Adeus, Opa, você fará falta nas reuniões familiares, você será lembrado sempre. Nós o amaremos para sempre e teu espírito será vivo como o de Oma, com o calor de nossos corações. Um grande e longo abraço,

Dietrich.

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