quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Palavras esparsas.

Vontade louca de assitir a um músical. Seria capaz de cantar Memory, vestido de gato. De cima de um telhado. Vontade de prender entre os dedos a voz de uma cantora de ópera.
Nunca soube o que fazer com as coisas que gosto. Aguém disse em algum momento. Um passarinho canta lá fora, dando tudo o que seu pequeno pulmão permite, competindo com o tenor que eu escuto aqui dentro (coração?).
Se pianos fossem comestiveis, eu os comeria todos os dias, só para sentir suas notas músicais saindo de dentro de mim, através de minha - de minha!- boca.
Vontade louca de só ver pessoas que tenham algo a dizer. A casa em obras já está farta de tanto ser martelada, como um marido chato que fica a mumurar no ouvido de sua esposa, não o que deveria. Palavrões.
Exatamente como sentir-se nu, assim é estar entre dois pontos. A maior distância é a que está entre esses dois pontos. E acho que aí também se encontra a solidão. E antes que alguém diga, não há nada de errado com a solidão, ela é bela quando é sentida em sua plena companhia.
Niguém fica inspirado, a inspiração não acontece, a inspiração é. Existe e pode ser absorvida a qualquer momento, tanto quanto o oxigênio. Mas pelo Amor de seu deus! Olhe em volta: você quer inspiração e ei-la; qualquer coisa toma forma, porque nada existe por si só.
A poesia do mundo consiste em ser o mundo a prórpia poesia.
E você pode ser lindo na medida que quiser. Porque só um fútil não o veria. E ninguém precisa de fúteis.
A intolerância é tão pútrida que o prórpio intolerante começa a sentir em si um cheiro podre.
Então vista um vestido leve, com flores; calce um chinelo ou então não calce nada, deixe os cabelos soltos e cacheados ao natural. Deite na relva. Sinta as cerdas da grama. E espere que você mesma se interrompa.

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