segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Eu sou free, sempre free.

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Alguns espíritos humanos não vêm pisar nesse chão de mundo para que lhe seja dado voltas em corrente, como um escravo de seus próprios infortúnios. E também não é desses espíritos que se deve esperar uma aceitação súbita ou ainda inquestionável das peripécias de um destino ou das imposições sociais. Pode ser que esses espíritos possam vir a ser interpretados como quem padece da fraqueza do medo ou da preguiça. Quando na verdade, esses espíritos só possuem uma asa um pouco mais longa e envergada que a de outros. E também pode ser que o abrir de asas deles possa vir a machucar as de outrem, que esteja ao lado (e é por isso que eu digo que é melhor que a Liberdade abra as asas sobre nós). Alguns espiritos são como cavalos selvagens que morrem de desgosto por apenas imaginar-se selar. Para esses espíritos humanos não há fadiga maior que prender-se a alguém, a algum ou a algo. Para esses espíritos não há Amor que valha uma Liberdade. Para esses, é preciso deixar-se ir, não tocar, não acorrentar e não dispensar demais sentimentos que não os mui necessários. Alguns espíritos humanos tem forma de águia. E ave bonita como a águia não se deve aprisionar nem  ao menos pedir que se conforme com as presas de um mesmo chão. Para esses espíritos meio que águia, meio que cavalo, todo mundo deve lançar um olharzinho de índio pra poder dizer: vá,vá. "Espírito que não pôde ser domado."

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