sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Arwen

Era dia de comemoração em Valfenda!
O fim de mais uma lenda.
Via uns chorando,
Outros sorrindo
E eu, ah, dançando.

Não era o único, claro,
Tinha amigos ao meu lado,
Não havia ninguém sentado!
Canções e fábulas de aprendizagem,
De paixões e de palavras de coragem.
E este velho Hobbit surpreendeu-se ao ver que,
Apesar de tantas aventuras ter feito parte,
Ainda não conhecia a verdadeira arte
De ter bravura
Nestes tempos de loucura.

Vi ao longe a elfa.
Ela chora, seus companheiros riem.
“Levanta a face, jovem, afronta!” – eu torci.
Essa foi a primeira vez que algo que pedi
Se realizara.

Intrometido, estendi meu pescoço para escutar;
“Não veem o que estão a fazer-me?
Chega de me fazer chorar!
Pensem antes de falar!
Não percebem que machuca meu espírito?
Tuas falas cruéis de nada são piadas –“

Nunca vi tantas elfas se sentirem culpadas.
Se sentirem como escória.
Coragem assim como a desta bela criatura
Não conheci nem em história!
Via nela agora... A tão procurada Paz.

Andei até lá devagar
Com minha bengalinha,
Com surpresa abracei-lhe,
Limpei-lhe as lágrimas
E disse-lhe:

“Orgulha-te de si mesma,
Fizeras o que nem o mais bravo dos homens
Tem coragem de pensar em fazer.
Levanta-te e orgulha-te,
Brava elfa,
Tua história será contada
Por toda a Terra Média
E serás lembrada para sempre”

“Arwen”,
Ela me disse.
Imagino que seja seu nome...

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