segunda-feira, 28 de março de 2011

Compadre, tu perdeste teu amuleto

Sobreviveste ao aborto,


O pobre cidadão,

O podre ser humano.


Sempre foi relaxado,

Sempre foi desastrado,

Sempre foi um tremendo desgraçado.


Ao precipício,

Sempre encontra uma maneira

De jogar do parapeito para no infinito cair

O belo intocado, finalmente, deixar de existir.


Vê o perfeito,

Age como te agrada,

E sempre o que te agrada,

É o que destrói o que era mais que nada

Angústia que agora lhe acompanha, o que destruirás?


Angustia-o pensar

Em que esta angústia matará.

Tanta é esta pressão, louco ficará.

Logo a fúria surgirá, e quem você perderá?

Já fora tua paixão, não? Fora tua ira que disse adeus com vontade.

Fora teu rochoso, pequeno e frio coração que pela primeira vez chorara.


Teu amor,

Para trás não deu nem uma olhadela.

Andara ao sol poente com decidido esquecimento,

Desde o primeiro minuto de desespero, não consegue esquecer-se dela.

Nunca imaginara? Nunca lhe ocorrera? Uma hora ela fugiria de você, traste [abandonado.

Sujeito sujo, desnaturado, tu fora abandonados até pelos filhos! Esperava mais [amor desta mulher?

Volta para tua eterna empoeirada casa! Faça tua sopa, faça igual à dela! A [coma com a mesma cara gulosa, a mesma colher.


E neste momento,

Aparece em meu bar

Apenas para reclamar que perdeste

Um objeto precioso que comprara numa viagem qualquer?

Compadre, o objeto precioso que você tinha já se foi há tempos atrás,

E lhe digo mais, de objeto não tinha nada. Por essas bandas, mulher como [aquela

Não se acha por aqui, mas, se tem uma coisa que não entendo, é como que ela, [aquela bela

Escolhera o homem mais sujo deste velho lugar abandonado. Mas já chega, vá, [tu está bêbado, suma destas bandas e apenas volte ao perceber o que ela fez [por você, cachorro velho. Desapareça!

Um comentário:

Dança Com Lobos disse...

hobbitt, juro que não sei porque me disse que esse seu post não ficara bom. Está magnífico!