Sobreviveste ao aborto,
O pobre cidadão,
O podre ser humano.
Sempre foi relaxado,
Sempre foi desastrado,
Sempre foi um tremendo desgraçado.
Ao precipício,
Sempre encontra uma maneira
De jogar do parapeito para no infinito cair
O belo intocado, finalmente, deixar de existir.
Vê o perfeito,
Age como te agrada,
E sempre o que te agrada,
É o que destrói o que era mais que nada
Angústia que agora lhe acompanha, o que destruirás?
Angustia-o pensar
Em que esta angústia matará.
Tanta é esta pressão, louco ficará.
Logo a fúria surgirá, e quem você perderá?
Já fora tua paixão, não? Fora tua ira que disse adeus com vontade.
Fora teu rochoso, pequeno e frio coração que pela primeira vez chorara.
Teu amor,
Para trás não deu nem uma olhadela.
Andara ao sol poente com decidido esquecimento,
Desde o primeiro minuto de desespero, não consegue esquecer-se dela.
Nunca imaginara? Nunca lhe ocorrera? Uma hora ela fugiria de você, traste [abandonado.
Sujeito sujo, desnaturado, tu fora abandonados até pelos filhos! Esperava mais [amor desta mulher?
Volta para tua eterna empoeirada casa! Faça tua sopa, faça igual à dela! A [coma com a mesma cara gulosa, a mesma colher.
E neste momento,
Aparece em meu bar
Apenas para reclamar que perdeste
Um objeto precioso que comprara numa viagem qualquer?
Compadre, o objeto precioso que você tinha já se foi há tempos atrás,
E lhe digo mais, de objeto não tinha nada. Por essas bandas, mulher como [aquela
Não se acha por aqui, mas, se tem uma coisa que não entendo, é como que ela, [aquela bela
Escolhera o homem mais sujo deste velho lugar abandonado. Mas já chega, vá, [tu está bêbado, suma destas bandas e apenas volte ao perceber o que ela fez [por você, cachorro velho. Desapareça!
Um comentário:
hobbitt, juro que não sei porque me disse que esse seu post não ficara bom. Está magnífico!
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