quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Caro Iral,

Gostei muito de seu texto réplica ao meu, mas temo que você não tenha compreendido inteiramente o que eu quis realmente dizer.
   Na verdade, a teoria a qual coloquei não é exatamente minha teoria sobre o Amor, mas sim sobre o casamento. Admito que eu tenho uma visão inteiramente pessimista em relação ao matrimônio por acontecimentos familiares, que  fizeram eu manter essa ideia.
  Não abomino a relação física dentro do Amor, não quando ela é mantida dentro dos parâmtros amorosos sem tornar-se vulgar ou cotidiana.  Também não acredito que pensar no Amor casto seja somente idealismo e que exista somente na Literatura, uma vez que é fato que muitas religiões mantém essa tradição que eu prezo e gostaria muito que existisse em outros costumes.  Quanto existir na Literatura, é um fato que eu posso comprovar por conhecer casos reais e próximos de mim . Acredito simplesmente que o Amor é muito mais para necessitar tanto quanto tem necessitado atualmente do plano físico. Acreditar nisso não é discurso de fracos, muitísssimos pelo contrário, é discurso daqueles que têm coragem de admitir que não vê uma relação entre duas pessoas muito além do que a relação entre almas, como vem acontecendo atualmente. Dizer que o Amor casto não existe sim  é um discurso de fracos, pois são esses que têm medo de satisfazer-se espiritualmente apenas.
    Não digo que em uma relação não possa haver sexo. Nunca disse isso e também acho uma parte importante de intimidade e uma demonstração de confiança.  O que eu não acredito é que o Amor, na verdade a Paixão, não acabe desgatando-se por si mesmo quando este é posto demasiadas vezes ao lado do que é físico, que em muitos casos o Amor fique à mercê de relações físicas.
   Isso eu desprezo. Acredito que existindo relação física ou não, o Amor por si só viveria. Pois o sentimento mais nobre criado por Deus - ou qualquer seja a crença - não depende em nenhum grau do físico. Porque não é o Amor que precisa de nós, somos nós que precisamos dele.

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