quinta-feira, 30 de junho de 2011

Pois é do desejo que saem as angústias

Quando finalmente olhei para o lado, a hemorragia estava ali, impossível de ser contida. Impossível passar desapercebida. Me sufocando.

Na frente do espelho, não me reconheci. Quem era aquela louca? Dissimulada? Falsificada? Era uma estranha. Angustiada. Atormentada por ela mesma. Se alimentava de sonhos quebrados, aprisionava demônios à sete chaves. E por que? Pra quê? Por quem? Fui eu que criei TUDO isso?

Todos os meus pensamentos (escravos das minhas emoções) choraram juntos, e as lágrimas se misturavam ao sangue e no meio de toda bagunça havia a ilusão, o desespero, a libido, tudo me dilacerando como da primeira vez.
Só que mais intensamente.

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