sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nau à deriva.

Quando o ego briga por espaço com o Kangchenjunga ( não sei pronunciar, não pensem...). Quando o gelo endurece a vidraça mas a mão transpira...adrenalina. E o que dizer sobre o domínio do lugar-comum? Não são Santo Agostinho mas se libertam do pecado original ( ou acham). O humor do dia é Álvaro de Campos em seu Lisbon Revisited. Pois não gosto que "me peguem no braço". Farta o senso critico em abundância dos outros, e, na verdade, o meu também. Ninguém vive de senso crítico. Mais vulgarmente : senso crítico não enche barriga, não! Ei sabedores de cinema, abandonem o mau-humor, tirem suas "partes" da cadeira e vão fazer melhor! Com o perdão pela vulgaridade. Que perdão! Ora essa, que satisfação devo e a quem? Além do mais vivemos em um país livre ! Façamos a liberdade!
A democracia não existe realmente ( mostrem-me os conservadores um país que a segue!), e os engraçadinhos responderiam que "nem o Acre". Quem sabe a felicidade de no mundo só existir o rock ocupando o espaço que hoje é do ar. Ou melhor ainda, quem sabe o último romântico seria o último mesmo!
E se existisse três cachorros para cada pessoa? Talvez essa seja a utopia da paz mundial. Se ai todos os ídolos mortos por overdose, AIDS e tudo o que sexo,drogas e rock and roll causam levantassem de seus túmulos fazendo a introdução de Smoke on the Water?
Se alguém segurasse Hitler para que todos os injustiçados pudessem cuspir na face dele?Se todos os soldados se recusassem a partir para uma guerra? Se os EUA perdesse todo seu territorio em um tratado pós-guerra?(eu duvido que algum país cederia abrigo a eles). Isso tudo é o que eu chamo de " a justiça foi feita".
Mas e se os desaparecidos políticos não tivessem protestado, se os universitários nao tivessem coragem, se os militares tivessem multiplicado seus dias de tortura? Se o muro de Berlim não tivese caído?
E se um vento vindo do Leste levasse todos os maus e soprasse mudanças? Se o terrorismo nao existisse ( mas e se ele fosse vitorioso?), se a expressão "conflitos no mundo árabe" nunca fosse usada? Se a China não conhecesse a censura? Se a Coreia não tivesse ditador?
E se do solo africano brotasse alimentos ( ou brotasse sangue?). E se o tráfico virasse profissão?
E como seria se o homem não tivesse pisado na Lua? E se o homem não tivesse pisado na lua durante a Guerra Fria, quando pisaria?
Se amanhã o sol decidisse tirar folga. E se as plantas se fartassem da fontossíntese? ( existiria laboratório para corrigir a mutação?)
O Astronauta pensa em coisas absurdas como essas o tempo todo. Mas o que mais me intriga é nunca sair do "se". Há muito mais entre o "s" e o "e" do que sonha nossa vã filosofia.


Um comentário:

O Hobbit disse...

Ah, Astronauta, também sempre vivo me perguntando sobre os "se"s da vida. Mas me limito, pois sei que se continuar assiduamente a fazê-lo, enlouqueço. Tome cuidado que, por mais divertido que seja, é mais perigoso que o imaginável. Essa é a parte perigosa de pensar muito: Enlouquecer, e é uma das razões pela minha paixão à filosofia e à sociologia, particularmente, não tanto à filosofia, mas ainda assim. Bom texto, senhora. Parabéns.