domingo, 29 de maio de 2011

Não, destino, eu o impeço!

Odeio os dias atuais, sinto falta do antigo. Sinto falta do Condado, dos dragões, das companhias, das histórias. Isso agora só existe no livro em que eu e meu sobrinho escrevemos, pois é tão longínquo que nem minha memória consegue relembrar.

Já estou cansado dessa neurose, desse platonismo todo, sempre me envolvendo. Será que não existe outra pessoa para importunar? Talvez seja porque comigo é, realmente e sem dúvida, impossível.

Era tão simples, no Condado, o amor. Palavras só faladas pessoalmente, nada de virtualismos como hoje. Essa tal de internet, que uso, admito que seja útil, mas me trás desespero se qualquer falha ocorra e você já não pudesse mais falar comigo. Pois, prefiro eu esperar ansiosamente para vê-la frente a frente novamente, a passar por esses malditos apuros. Elendil que me salve!

Agora chego a pensar que é o destino nos perseguindo, aquele que determina o tempo e distância como fim de tudo. Parece que o destino, destruidor, sentiu pesar de acabar com nossa relação de amor amigo tão pura, mas, agora, surge-me a imagem de que ele criou a coragem necessária de acabar conosco. Derrubar a ponte inquebrável, destruir o castelo inabalável, acabar com minha base. Minha base e vida. Não a leve embora, faremos mais bem ao mundo juntos, que separados.

Ordeno-lhe, como apenas O Hobbit tem autoridade, com Ferroada empunhada, que vá bater em outra porta, destino, pois “you shall not pass”. Não a levará, ser vil e cruel. Mande-se daqui e não retorne, deixo-nos em paz, vivos, juntos.

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