sexta-feira, 16 de setembro de 2011

こけし

Vejam, que bela noite para amar, que bela noite para dançar e cantar na chuva, que bela noite para ser amado. Apenas eu e você, um ambiente perfeito, decorações japonesas pelo espaço amplo e vazio; a melhor de todas era você, tua beleza, teu sorriso, teu andar, teu olhar, teus lábios de mel.
O Hobbit pensa o que fez para merecer tudo isso, o que fizera de tão bom. Mas, aí, O Hobbit lê teus antigos textos, os sofrimentos contidos neles, marcantes, cortantes, frios, destruidores, invejosos, (esquecidos). Fora isso. Assim, ele pensa: “Não somos nós que devemos sentir todas aquelas coisas do passado, minha querida, deixemos outros com um pouco de ciúmes, um pouco de inveja. Já está na hora de termos nossa felicidade”.
Risadas ao ar, leves, suaves, aveludadas, subitamente apagadas por meus (ou teus) lábios invasores, muito bem recebidos. As mãos com dedos entrelaçados, passando pelos teus cabelos de pontas de um fogo ardentemente invisível. Um perfume tão bom que tua pele parecia embrulhada em rosas rosas, cheirosas, amarelas, macias, brancas, graciosas, vermelhas, cravadas, azuis, ondulantes, prateadas, perfeitas, verdes, perfeitas, laranjas, perfeitas, douradas, perfeitas.
O sono não surge, mas o tempo chega e chegou rápido. A hora do adeus, a hora em que estamos cientes das saudades que surgirão, da vontade de permanecermos juntos, que sempre existe, aflorar. “Adeus”, digo e nossos lábios se abraçam à frente de seu portão, lábios que não querem se soltar, mas sem outra escolha, se reverenciam; Um dos lábios despede-se com o abanar de seu vestido de flores, o outro retira o chapéu em respeito e assim se separam. Olhos nos olhos, perco-me nos teus de chocolate, tão doces e convidativos. Até que os desvia e adentra em sua moradia, volto-me para o carro e sigo em direção à meu lar, já com saudades de sua mão apoiada na minha. Entrelaçada.
Chego, converso novamente com meu amor, inspiro-me, escrevo, vocês leem e eu durmo em paz, aproveitando meus sonhos onde ela não participa, onde eles participam da parte dela da minha mente e coração. Uma boa noite à todos que estão a ler este simples e feliz texto, que vocês todos consigam tal felicidade.

Um comentário:

O Velho MacGregor disse...

Meu rapaz, eu acabara de postar ( ou seja lá como voces jovens dizem)a minha reflexão quando voce também colocou o seu. A noite está maravilhosa mesmo, fico feliz quando jovens percebem esses detalhes, essas "coisas de velho", e digo que seu texto não poderia ser mais conforme. Saudades do meu tempo de moço, quando ainda sentia as pernas trêmulas, não pela fraqueza , mas por esses sentimentos. Bons tempos, aqueles anos 40...