terça-feira, 17 de maio de 2011
Nem às paredes confesso.
Sim! Sou viciado em palavras cruzadas e sustento meu vício. Sim. Eu admito. Como assim? Se vi o muro de Berlim? Não,senhor, não tive a oportunidade de presenciar sua queda muito menos sua construção. Pergunta se aprovo a didática? Já disse em outro texto que detesto a didática. Suponho que tenha ficado claro, senhor. Também não tenho religião. Mas é óbvio que isso não significa que não acredito em Deus. O caso é : defina "Deus". Não tenho nada contra ao movimento das Vanguardas, apesar de não ser grande apreciador de Picasso. Digo abertamente que prefiro Da Vinci ou Van Gogh. Não é segredo para absolutamente ninguém.
Infelizmente, sim, me fizeram " trocar meus heróis por fantasmas". Bom mas que culpa eu poderia ter se todos os meus ídolos estão mortos? É natural que virem fantasmas.
Não, não tenho preferências por cores, senhor. E não aprovo a ordem cronológica. Na verdade, lancei um projeto: os relógios deveriam caminhar ao contrario. Assim, com o tempo a regredir. Daí você diria " faltam cinco minutos para acabar as 15h ". Inútil, mas genial ( mas ai eu fico pensando se as pessoas também não seriam como Benjamin Button).
Não sou prepotente, creio. Nunca me disseram. Em uma aula que me agrade muito costumo não participar nem lançar ideias. Como se não me importasse quando é absurdamente o contrário. E é verdade que tenho certa dificuldade em demonstrar satisfação.
Quando estão a falar de um assunto, senhor, que - modestamente- tenho certos conhecimentos, costumo não interferir na conversa.Ora por que! Pois sempre tenho a impressão que me tomariam como orgulhoso e vaidoso !
Como pergunta? Se conheço Mick Jagger? Obviamente, senhor, quem não o conhece?! Não, nunca tive ganas de passar-lhe o rosto a ferro.
Ora essa! Que pergunta indecente! Não, me recuso a responder. Admito, também, que chorei quando Patrick Swayze morreu. Também tenho inveja de quem viveu os anos 80. E todas as outras décadas anteriores. Percebo pelos fios que o senhor viveu esses anos. Logo, tenho inveja do senhor.
Confesso que tenho quedas por esses musicais, em que todos dançam juntos e ordenadamente. Confesso, também, que tenho certa curiosidade em ler Byron.
Mas é claro que não! Não me atrevo a interpretar as entrelinhas de um poema!
Preencha na ficha: Astronauta de Mármore. 5 anos-luz. Lua. Profissão? Navegador de Estrelas. O Objetivo no mundo? Bem senhor, essa é a pergunta mais difícil que me fez até agora. Mais que a tal pergunta indecente. Mas veja bem, acho que meu objetivo no mundo é...talvez..por que não? (não, não vou dizer "ser gauche na vida") Notar detalhes ignorados?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Uma entrevista com o Astronauta, que mais interessante. Ah, se fosse eu o entrevistador =)
Digo aqui que a parte mais forte deste texto foi o fim; "Notar detalhes ignorados." - Não sei se foi intenção, ou se é só impressão minha, mas este foi um pequeno detalhe que elevou ainda mais o texto, essa frase tem um peso (positivo) gigantesco. Parabéns, Astronauta.
E desculpe pela demora e pelas vagas promessas de leitura, digo que demorei mais do que devia, mas li este e vou diretamente aos próximos! Peço perdão.
Postar um comentário